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11 Abr

TIPOS DE LUBRIFICANTES INDUSTRIAIS

Os lubrificantes industriais podem ser óleos, fluidos, graxas e outros compostos que reduzem o atrito, o desgaste. Sua função primária é separar superfícies sólidas com um filme lubrificante.

O lubrificante ideal minimiza o contato sólido-sólido e reduz qualquer quantidade de atrito que, de outra forma, impediria o movimento e induziria o desgaste.

REGIMES DE LUBRIFICAÇÃO

A espessura de um filme de um lubrificante depende da viscosidade do fluido, da carga entre as superfícies de contato e da velocidade com que essas superfícies se movem uma em relação à outra.

Existem quatro regimes de lubrificação, também chamados de modos de lubrificação, definidos pela espessura do filme de fluido da seguinte forma:

  1. Lubrificação hidrodinâmica: Existe quando o filme de fluido suporta a carga eliminando todas as interações da superfície sólida. Este regime de lubrificação existe quando a geometria, o movimento da superfície e a viscosidade do fluido criam pressão de fluido suficiente para causar elevação hidrodinâmica.
  1. Lubrificação elastohidrodinâmica(EHL): São formados quando existem cargas mais altas ou quando há contato não conforme entre as superfícies lubrificadas. Isso causa uma área de suporte de carga localizada que impõe uma certa quantidade de tensão elástica nas superfícies sólidas. As pressões extremas experimentadas afetam a viscosidade do lubrificante. Essa mudança na viscosidade permite que o fluido suporte a carga, lubrificando efetivamente os contatos pontuais em aplicações como rolamentos de esferas e rolos.
  1. Lubrificação mista: Este regime separa insuficientemente as superfícies sólidas, permitindo alguma quantidade de interação da superfície sólida (Metal com metal, picos). Como o nome sugere, há um filme de fluido ativo que lubrifica a superfície enquanto as asperezas, que são irregularidades da superfície, causam o que pode ser chamado de lubrificação microelastohidrodinâmica.
  1. Lubrificação limítrofe: Permitem que as asperezas suportem a carga, pois a rugosidade da superfície excede a espessura do filme de fluido. Nestas circunstâncias, o lubrificante deixa de atuar diretamente para limitar o atrito. Para lubrificar efetivamente as superfícies que passam por um regime de lubrificação de limite, aditivos de pressão extrema (EP), aditivos de limite ou lubrificantes sólidos podem ser usados ​​para diminuir os efeitos negativos do contato da superfície sólida.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Os lubrificantes industriais estão disponíveis em uma variedade de formas, composições, viscosidades e podem ser específicos para uma aplicação.

Óleos de baixa viscosidade: oferecem a menor resistência ao movimento. A tensão de cisalhamento reduzida minimiza o atrito. As capacidades de suporte de carga e a espessura do filme de fluido também são reduzidas.

Óleos de baixa viscosidade podem conter aditivos para evitar falhas de lubrificação durante períodos de alta carga ou em baixas velocidades. 

Óleos de alta viscosidade: exibem maiores tensões de cisalhamento e filmes fluidos mais espessos. O filme de fluido mais espesso é capaz de suportar cargas maiores e funcionar em velocidades mais baixas, embora sua resistência ao fluxo aumente a quantidade de atrito entre as superfícies de contato.

Graxas: São semi-sólidos formados pela dispersão de um agente espessante em um fluido base. O agente espessante serve como uma matriz que mantém o lubrificante no lugar, enquanto fornece uma certa quantidade de proteção contra o ingresso. O óleo ou fluido base é o agente lubrificante ativo.

Lubrificantes sólidos ou de filme seco: Criam um revestimento que exclui a umidade e reduz o atrito. Lubrificantes sólidos também podem conter inibidores de corrosão e geralmente são usados ​​em aplicações de alta temperatura onde os lubrificantes líquidos se degradam.

COMPOSIÇÃO DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES

Os óleos lubrificantes geralmente consistem em óleos naturais, óleos de silicone sintéticos, compostos à base de petróleo ou combinações com cera ou dispersões de lubrificantes sólidos.

Lubrificantes Minerais:  São derivados do petróleo à base de hidrocarbonetos com vários pesos moleculares. Os lubrificantes minerais tendem a ser mais viscosos, sensíveis à temperatura e possuem uma temperatura de decomposição mais baixa do que os lubrificantes sintéticos.

Os lubrificantes minerais são refinados a partir de uma base de origem Aromática, Naftênica ou Parafinica

Lubrificantes sintéticos:  O óleo lubrificante sintético é formulado com óleos básicos sintéticos e aditivos. Óleos básicos sintéticos possuem um altíssimo grau de pureza e associados a aditivos, que melhoram suas propriedades físicas e químicas, conseguem desempenhar melhor do que os óleos semissintéticos e minerais.

Lubrificantes semi-sintéticos:  É elaborado através da mistura de óleos básicos minerais e sintéticos, em proporção mínima definida, buscando reunir as melhores propriedades de cada tipo.

O interessante dos óleos semissintéticos é que eles buscam um equilíbrio no valor de produção – consequentemente, no valor de venda.

Lubrificantes sólidos são usados ​​para lubrificar eficazmente superfícies em ambientes de alta temperatura e alta pressão. Grafite e Bissulfeto de molibdênio (MoS2 ) são os lubrificantes secos mais comuns, enquanto o politetrafluoretileno (PTFE) e dissulfeto de tungstênio também são usados.

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